Muito cansado o cansaço estava,

palido e sem nome buscava com os olhos o horizonte

que rugia de alegria.

Com os pés vermelhos de cera agora dormia socegado,

estava acorrentado pela preguisa mãe do cansaço.

O tempo correu e a noite dormiu, agora o dia acordado estava, chuvoso não deixava o sono do cansado acordar.

A monitonia prima do cansaço que é filha da preguisa esbofeteou e calou o dia que não parava de chorar.

Pedras movidas pelo vento chocavam-se uma nas outras, queriam ver o sol raiar.

Invertem-se as coisas, o dia cansado dá lugar a noite que não possue arco-irís mas distribue estrelas.

o cansaço morre e das suas cinzas nasce o entusiasmo que contagia a noite, faz as estrelas cantarem, os homens se amarem, e a lua querer fazer parte do sol, dia e noite em um so corpo unindo um único coração.