Vim para te ver,
Olho a relva
E nela seu caminhar
Saltitante, feliz,
Na campina orvalhada
Pela madrugada
Que nos espiava,
Iluminada pela lua
Enquanto nos cercávamos
Envoltos um ao outro
Levemente aquecida
Ao sol da nossa primeira manhã
Apenas te admirava,
Serelepe, tal qual uma criança
Redescobrindo oque é o amor.
O primeiro amor.
Sem percebermos amávamo-nos,
Cumpríamos sem promessas,
Sem culpas, sem pressa.
Ali estava o paraíso,
Perfeita cena para inspirar
O melhor de nossos beijos.
Assim firmava um sonho,
Pulsavam duas vidas,
Realizando todos os desejos.
Fruto de uma história
Que acabára de consumar
Ama-me,
como na primeira vez,
na primeira madrugada
como no último dia
na ultima chance, na ultima noite
como se não houvesse
mais tempo.
Ama-me como se propusera amar
Em qualquer circunstancia,
Verdadeiramente
Para sempre.
 

Vladmuller
© Todos os direitos reservados