Belos Seios
Vi uns peitos, como um arsenal mamífero,
presos a uma peça que, quase, não lhes continha.
Melhor se lhes soltassem, pois assim convinha
olhar-lhes assim tão belos, belos e nectaríferos!
Aliciava homens, e eu em fraqueza ardia
o desejo ávido de tê-los perto, querendo, os tendo
um dia pelo menos, na palma da mão cabendo,
massageá-los tocá-los, ah! como queria!
Mas a noite fria, e o vento, me açoitava,
chicoteava-me o rosto, repreendia-me clamando:
"O teu desejo ardente poderá, te devorando,
cegar teus olhos sãos, que esta cena te crava".
08/01/2014
José Aparecido Ignacio
© Todos os direitos reservados
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