QUANDO...

QUANDO...

Quando...

Não se tiver mais nada

Bagunça astrológica

Escolhas sinistras

Entre o chão e a escada

Comida na mesa

Rastreada a pobreza

Quando...

Deveria ser...

O que de fato não é

A maré fica baixa

Nada se tem

Nada se leva

É isso aí...

Achou-se que deveria ser

Vida simples

Tão leve

Que de fato não é.

Espinhos fincados

Corações acanhados

Estendidos no chão

Um adeus nos acuda

Panelas vazias

Saúde escassa

Fome soprando

Na beira da estrada.

Quando não tiver o que dar

E o que receber

Seu coração dormirá...

E acordará...

No mesmo lugar

Quando pensar que morreu

Que a esperança se foi

Que os sonhos findaram

Jesus estará

No seu leito a olhar

Esperando seu grito

Aguardando seu choro

Secando suas lágrimas

Fonte inesgotável

Amor inigualável

Só Jesus lhe dará

Quando...

Jesus voltar

Você lá estará.

Quando...

SELDA KALIL
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