AS VEZES,SOU TUDO AS VEZES, SOU NADA

AS VEZES,SOU TUDO AS VEZES, SOU NADA

 Às vezes sou sol.

Às vezes sou chuva.
Às vezes sou nada.
Sou uma mulher apaixonada
 
Deito na cama
Madrugada gelada
Me sinto como a lua
Sozinha tão nua
 
Me deito no cio
Do escuro vazio
De uma cama molhada
Me sinto excitada
 
Viro-me pra lá
Viro-me pra cá
Me sinto tocada
 
Numa puta gozada
 
Sinto uma mão
No meu corpo descer
Me fazendo gemer
No doce prazer
 
Beijo uma boca
No escuro do quarto
Apenas um retrato
 
Deito no chão
Sinto um tesão
Mistura
Alucinação
 
Sento-me à mesa
Rebolou de quatro
Beijando o retrato
 
Subo e desço
No vai e vem sem parar
Sentindo o gozo
Pela virilha vazar
Um corpo cheiroso de
Um perfume gostoso
 
 
Abro os olhos
Sinto um vazio
Na pele no cio
Do meu quarto vazio
 
Procuro na casa
Não acho mais nada
Olho pra cama
Meu penhoar chinês
Com retrato do inglês
 
Beijo a calcinha
O perfume embriagado
Da foto do retrato
 
Lagrimas escorrem
O retrato socorrer
O frio do vazio
Do meu corpo
No cio
 
Fecho meus olhos
Volto a dormir
Abraçar-me por trás
Beija minha nuca
Me deixa maluca
 
Meus olhos se cansam
Fechado aos poucos
No sonho gostoso
 
Ele está aqui
Ao lado da cama
Na foto retrato
Comigo deitado
       Fim...
 
Me inspirei-me no meu próprio tesão

 
Poetisa
Desconhecida
13/09/2013
 
 

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