- Que dor é essa que te afligi coração meu?
Que dor é essa que me enlouquece?
Que dor é essa que me pede para desabafar, coração meu?
Que dor é essa que nos padece?
 
- Essa dor menina tola foi você quem me causou.
A dor de um erro teu cometido por infantilidade.
Erras e quem sofre pelas tuas loucuras sou eu,
Erras e é o meu nome que sofre com a leviandade.
 
-Mas errei em que coração meu?
O que eu fiz de tão grave para te ferir assim?
Se eu fiz me perdoe, fiz sem maldade,
Fiz para ferir alguém e manchei a mim.
 
-Pare de ser tão tola e infantil menina,
Pare de achar que as tuas loucuras são remediáveis.
As línguas de certas pessoas ferem e não perdoam,
Destilam palavras brutas e condenáveis.
 
Achas, às vezes, que agir por vingança
É a forma mais certa de defesa.
Mas com a vingança vêm os teus disparates,
Vem a perda do teu brasão, símbolo de tua nobreza.
 
-Não sei controlar meu modo de ser,
Protejo-me às vezes atacando.
Mas no fim orgulhosa eu não vejo
Que não é somente a mim que estou machucando.
 
Olho para longe e vejo uma estrela chorando,
Perguntando-me porque lhe fiz chorar.
Nesse momento percebo mortalmente ferida
Que eu não mereço lhe amar.
 
-Perguntou a ela criança tola,
Se  é ou não digna do seu amor?
Vá lá e enxugue as lágrimas dela,
Mostre a ela o teu valor.
 
-Não posso, tenho medo que ela não possa ser minha,
Tenho medo de perdê-la porque a amo demais.
Tenho receio que ela me deixe pelos os meus erros,
Que ela não me perdoe jamais.
 
-Se a ama mesmo faça dos seus erros lições,
E não erre mais criança.
E não perda esse amor que nos alimenta,
Não perda nesse romance a esperança.
 
-Oh não! decerto que não perderei!
Eu só tenho medo de errar novamente.
Porque tenho que ser tão tola às vezes,
Tão infantil e inconsequente?
 
-Não sei criança, só peço que não erres novamente,
Não deixe que teus erros se tornem profundas cicatrizes,
Nem que eles machuquem aquela estrela,
Se não todos nós seremos infelizes.

*-*Raiza*-*
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