Um espírito decadente
Vislumbra os escombros
Da velha vida.
 
Sussurros dos antepassados
Lutam para manter latente
A lembrança antiga.
 
A miragem rememora
O vicejar de uma geração.
É inevitável a comoção!
 
Lampejos efêmeros desta história degradada
Reacendem uma chama que a muito se apagára.
 
Então o olhar do velho se perde
Por entre as escarpas,
E como se estivesse num portal do tempo
Retorna ao velho mundo.
 
Lá, descansa num torpe profundo
E não deseja retornar.

Gilberto Caetano da Silva Junior
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