Tapar o Sol com a peneira

Tapar o Sol com a peneira


Salvo o devido respeito, por melhor opinião. 

A manifestação de dona Dilma, a presidente, 

De plebiscito, pra alterar a constituição

Afasta-se daquilo que o povo quer e sente


Ao aventar por ampla reforma política

Tira do pensamento almejado a esperança 

Do povo, qu’numa situação demasiado crítica

Clama por saúde, educação e segurança !


Qual estorvo, o aventado à circunstância

Assemelha-se a uma barreira à pretensão

Do clamor expressado com jactância

Nas ruas de todas às cidades desta nação 


Clamou por justiça, saúde e educação

O grito de alerta deste povo Brasileiro,

Por Segurança e um fim à corrupção

Não foi de reforma política, mensageiro


A cidadania é direito de grande dimensão

Atualmente muito, muito mal representada

O povo saiu à rua desta grande nação

Para clamar pelo justo e o conforme à lei


Vez que seus representantes quedam-se inertes

Vendo o povo, sem as básicas necessidades 

Sendo vilipendiado, dizimado até por pivetes

Nada lhes acontece, em razão de poucas idades


Gastam-se milhões em estádios de futebol

Há falta de escolas, de hospitais, de segurança

O povo cansado, saiu às ruas no semancol

Protestando e enfrentando a polícia à lança

 

Exigindo maiores rigores na apuração 

Dos recursos públicos, face à malversação

Do descaminho, do peculato, e da inação 

Em que parece adormecida a elite da nação .


Ouçam pois, senhores deputados e senadores

A voz do povo que clama por seus pétreos direitos

Não tolham, e nem bloqueiem seus clamores

Pois além das circunstâncias, são seus eleitores !


A insatisfação, gera dúvida, desconfiança

Mostrem a garra do futebol na chefia da nação

O povo clama, e a voz do povo é de esperança,

Esperança que se traduza em vossa compreensão


Que não fique no tinteiro, como ficou o mensalão

Que julgado pelo Supremo, a ele mesmo recorreu 

O que significa que nem ele tem poder de decisão.

Que país é este, se tudo nele, parece que feneceu! 


Porangaba, 25/06/2013

Armando A. C. Garcia


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ARMANDO A. C. GARCIA
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