Pra forca com o politicamente correto!
Do povo só querem que permaneça quieto.
Pra Barrabás, a ignorância deu clemência.
Massa corrida não carece ter ciência.
Ah gente mista, quem lhe castrou?
Povo heroico que não brada mais
se é que algum dia de fato bradou.
O ladrão formado dispensa ocasião
pra tirar das bocas e das mãos do peão.
O ladrão bem trajado tranca a cadeado
despensa e gabinete, o esfomeado.
Ah gente sexuada, quem lhe aliciou?
Povo que faz das xepas carnavais,
quem, do seu paladar o menu, retirou?
O assassino dorme sem sangue na mão,
dorme longe do crime, das moscas, do soluço...
Trabalha engraxado, boneco gorducho,
eleito pelo peão comido no gamão.
Ah gente sadia, quem a contaminou?
Povo honesto confuso em rituais,
quem, sua saúde mental, esculhambou?
O executor sabe que o conhecimento
é caixa de Pandora ao seu regimento;
dando à Luz passagem só de ida,
da legislação faz arma genocida.
Ah gente analfa, quem a ensinou?
Povo de Deus, de dolos ancestrais,
quem nesse sangue, a anemia, refinou?
O lobo desfila no seu importado
vendo pelo insulfilm o pasto comportado.
Logo saliva imaginando que prato cheio
dará tal gado morto noutro pleito.
Ah gente ensaiada, roteiro colado,
Faz um digno filme B do seu país,
tendo cachê à altura do filmado.
© Todos os direitos reservados