O mel escore entre os seus dedos de menina
Mas o lambe com boca de mulher
Sorri com jeito de moleca
Mas olhas com olhos de mulher
Quantos anos têm?
Parece-me ter..., Mas tens mais
Parece-me ter..., Mas tens menos
Quantas mulheres cabem em si?
Quantas meninas esta mulher é?
Meus desejos crescem
Meus pudores diminuem
O mel escore pelo seu corpo
Chamas-me em lasciva luxuria
E eu em chamas resisto
Agarra-me com mãos pequenina menina,
Mas com força e toque de mulher
-Agora es meu, sussurra em meu ouvido.
-Ainda não, lhe digo.
Sorri o sorriso de menina
E a boca de mulher chupa o dedo com mel
-Es meu, repete a voz adolescente,
Mas com a firmeza e certezas de mulher
Não nego, calo, sinto e consinto;
Aquelas pequeninas mãos de mulher
A desnudar-me a alma, o corpo.
Arracando-me tremores, segredos,
Confissões que agora lhe faço
Com o sabor do mel na minha boca
Do corpo que consumo sem pudor
-Vem, es meu e sou tua por inteiro.
Palavras de mulher e boca menina
Um temor tremor percorre meu corpo
Porque certas mulheres são meninas?
Oferece-me mais mel
Que escorre pelos seios pequenos
Estou firmemente preso
Pelo mel em tuas coxas grossas
Aceito, sucumbo e devoro.
-Sou seu, menina. Digo
-Menina não Mulher, ela corrige.
Beijando a minha boca
E o sabor do mel invade a madrugada...