Notei que aquele olhar era frio
E a bela face desacreditava de tudo o que eu dizia
Não se importava com palavras doces e sinceras
Que tantas vezes soltei com amor e alegria
 
Não percebi que abria a porta do meu peito
E que entrava nele uma terrível escuridão
Pois tudo era lançado ao nada
Me aproximando ao fim de mais uma ilusão
 
Enfim tudo deu no provável
E novamente briguei com meu coração
Mas sinto-me bem mais confortável
Porque me acostumei com a solidão.

ERIVALDO ALVES DA SILVA
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