A cigarra zunindo no galho do umbuzeiro
Sem flor, sem folha, nem fruto e nem cacho
A sede no bicho, na boca, olhando o barreiro
De sede primeiro, morreu o riacho.
Os pés esfolia a estrada, e a poeira por baixo
Levanta a brasa nas veredas do tabuleiro...
A carcaça, a desgraça, fervendo no tacho
Na fome o grito, na sede o berreiro.
De sede a fêmea, de fome o macho.
Carlos Cintra
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