Amo-te tanto e fiz-me por ti tão insseguro
Em um desejo tanto, sonhar-te e querer-te.
E por esse devaneio custou-me obscuro
Deixou-me o gosto amargo de não ter-te...
Olhar dentro de mim e só a ti eu ver-te,
E dar-te o tempo, o sonho e meu futuro.
Dar-te o coração e aos olhos dizer-te
Que por ti o meu amor é cálido e puro.
Mas, que te importa o tanto amar-te?
Se tens em outros olhos o teu seblante
E por mim tua entrega é tão pouca...
Inda assim queria o gosto de beijar-te
Pra deixar no teus lábios num instante
O fébril sabor da paixão em tua boca!
Carlos Cintra
© Todos os direitos reservados
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