Coração sangrento o qual sonha o infinito.
Volúpia da beladona, febril assassina!
Futuro incerto em voz de melódica ocarina,
Tempo em haxixe, beijo macio... De granito!
Tulipa de fascínio, oásis em reflexo... Dum grito!
Múmia imemorial em poros de cocaína!
Enleio de mordidas, frenesi de Proserpina...
Eis-me Édipo em dilema diante dum amor maldito!
Dói-me ingrata como o contar das horas no relógio,
E como a sífilis que apoteoseará meu necrológio
És a incógnita da minha noite sem fim...
Veneno o qual dilacera, e já de mim farta,
Perdi o jogo! E letal ironia: O estopim,
Ó Dama de Copas é que eras a minha última carta...!
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença