Um dia, tive em meu peito toda uma suprema ordem,
A qual foi comutada por uma fulminante anarquia.
Sem controle de mim, eu cambaleava e ria
E sentia dilacerações internas, como presas que mordem.
Anjos tomaram conta de mim, como apenas os divinos podem.
E, quase enlouquecido, me entreguei à paixão luzidia
Que aqueceu ao derretimento uma alma tão fria
E isto foi como os balanços de danças que súbitas, nos sacodem.
Tudo era permitido, nada diante do que senti era um crime.
Nenhuma sensação do mundo, diante do que senti se exprime.
Era uma alegria convulsionante e sem nexo, um esplendor...
Aos meus olhos, nenhuma lei era válida, não haviam os maus...
E que assim seja, para o universo inteiro: Este magnânimo caos
Que toma conta do ser humano que se entrega ao amor!
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