Gaivota

 

A chuva cai mansa encharcando a tarde de domingo

que paira na janela infinita, numa espera sem fim.

Os arbustos suportam o jugo do vento, e a chuva cai, pingo,a pingo

do céu cinzento.

A gaivota dona dos ares, com seu vôo solitário desenha com suas asas

arabescos no céu.

Acompanho o vôo da gaivota costurando as emendas do tempo

nas curvas do ontem, no imenso horizonte.

Estou só nesta tarde esperando que a chuva desbote a saudade

e que o amanhã seja um branco suave, que a manhã surja clarinha

Que o azul invada meus dias.

Cristiane Coradi.

O amor! é a sublime viagem dos sonhos.
cris coradi
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