Cai a tarde enevoada de ténue claridade.
Com sua fria névoa perversa, mas bela!
em sua roupagem exalando perfume branco.
Debruçada na janela vejo a porta esquecida, vejo vasos, e bámbus de folhas verdes
que transbordam de esquecimento.
Cada folha sua, me dá uma resposta diferente, na voz sussurrante do vento
nesta névoa fria, e densa.
Camuflados estãos os galhos, suspirando no silêncio.
Trago na mão direita o reflexo da sua ausência.
Amargo como um fruto agreste, mas é o único que alimenta
Meus sonhos vestidos de música, ternura e transparência.
Cristiane Coradi.
Com soberana melancolia brota dos meus olhos erguidos um arco íris
este é o resumo do dia.
cris coradi
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