Tornou-se o doce sonho, amargo como fel
Em tempos escassos, apodreceu-me o mel
Faminto e confuso, fez-se este corpo
Já fraco e absoluto aos sinais de aborto
Pois se pariu enquanto imaturo
O que era belo, porém prematuro.
Precário e sem muito conforto
Nasceu o amor já quase morto
E o tempo que resta sofre de luto
Vestido de preto e muito puto
Irado pelo vento que lhe parece mudo
Noite escura, silêncio absoluto
Esse terror faz parte do resguardo
De quando se vê só e apavorado
Sem poder conter as lágrimas no olho
De um adeus forçado e sem consolo
ASM
Escrita dia 1/11/2012 e publicada dia 5/11/2012.
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Aline Morena
© Todos os direitos reservados
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