Absorva o que ti edifica

O resto jogue fora,
Fique,
E mude o que ti incomoda.
 
Se agregue ou segregue-se
Veja o quanto pode ser feito por dentro
E o quanto pode ser feito à margem
E seja a própria imagem do que lhe faz viver.
 
A esperança pertence aos persistentes
Pois o futuro não é de todos
Mas dos bravos e loucos ( se assim preferirem),
Que não admitem a predestinação.
 
Os incômodos exigem mudanças:
O comodismo tem de diluir
O impossível deve inexistir
E o amor
Esse dever espalhar-se pelo ar.
 
Espalhe-se nesse mar humano
Reluzindo feito o sol
Dando um novo dia
Uma nova chance a cada ser.