Quando eu imagino
Que tudo pode não ser mais,
Que eu posso me distrair,
Que hoje pode passar,
Parece que eu vejo tudo,
Mas tudo pode estar errado,
O certo pode estar ao meu lado.
Eu vivo sempre desse jeito,
Tão certo de que nem sempre tudo é meu.
A gente até tenta rimar o futuro,
Mas de parnasianismo não vivem as coisas.
Até eu acordar pro perigo,
Até tudo realmente acordar.
Eu posso, mas não tenho um abrigo.
Eu vivo vendo defeitos em tudo,
Mas meus erros são arianos,
Que de vez em quando dão sempre um jeito
E saem por aí justificando tudo.
Me digo que tudo tem
A mesma forma do que já foi:
- É sempre bom acreditar no sol.
E se mesmo assim for tão difícil
Perceber que eu vou estar aqui:
"Aprende a ser mais, a ver a paz
Mesmo onde haja a guerra,
Pois a própria lágrima pode ser de alegria,
O próprio riso pode ser de angústia
E a própria saudade nem sempre é solidão".
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