Vou fazer-te aquele cafuné gostoso,

Enquanto te deito beijos pelas faces.

Vou passar os dedos pelos os teus cabelos,

E deixar que o meu braço te entrelace.

 

Os meus suspiros embriagarão os teus tímpanos,

Derramando-lhes eflúvios de uma doçura fugaz.

E os teus olhos cerrar-se-ão em desejo

Para que te perdas num prazer salaz.

 

Cada toque de minhas mãos será como as plumas

De um cisne que se enrosca em tua fronte.

Em que tu mordendo a boca despercebido

Esquece de si mesmo em tênue instante.

 

Hás de suspirar o meu nome embevecido

No esquecimento que te oferece o meu carinho.

Até que o teu desejo, ave auriplume,

Alce vôo do seu recatado ninho.

 

Então ficarás dependente de mim,

Serei o ópio que te fará falta à noite.

O meu toque, os meus lábios e o meu jeito,

Farão-te escravo e te serão açoite.

*-*Raiza*-*
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