Afinal, Qual o nosso nome?
Qual a nossa identidade, qual a nossa categoria?
Pessoas que comungam do desafeto
Do desamor, da falta de carinho,
Da falta de elogio, da falta de atenção
Da falta de cuidado.
Somos seres frágeis e desprotegidos
Que precisam de um abraço amigo
De um abrigo solidário
De uma companhia generosa.
Precisamos da doçura da boa moça
Da verdade do bom poeta
Da gentileza das avós.
Precisamos da delicadeza das princesas
Do caráter dos homens bons
Da simplicidade dos avatares.
Pouco a pouco nos perdemos
Em um mar de tortura e dor
Pela falta de amor ao próximo.
Viramos Predadores do outro
Inimigos supremos
Arrogantes insuperáveis.
Tudo aqui é por interesse
Tudo aqui cansa
Tudo aqui se perde.
Ah!!!! Cadê a dança dos casais apaixonados que se perderam no meio de tanto amor
Que se olham como se fossem morrer hoje, que se abraçam numa fusão de almas felizes?
Cadê a alegria da criança que expressa em seu sorriso inocente e verdadeiro o sentido maior da vida?
Cadê as pessoas de mãos dadas, se abraçando, se beijando, se fazendo o bem?
Cadê o amor na terra? A paz absoluta? A liberdade maior?
Isso não existe mais aqui.
E nós somos os culpados.
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