É triste seu moço,
É tão triste
A vida lá no sertão,
De fome morre o gado,
De sede, a plantação.
O sol faz brasa da terra
No corpo, uma queimação.
Comida na mesa não tem.
Mas honesto ele se mantém.
Não rouba p'ra si nem pros seus
Só reza pedindo a Deus
Que o livre da tentação
De tirar da boca de ,quem
Guarda, um pedaço de pão.
E o sertanejo, seu moço
Tão forte e tão valente,
Desvairado ele se sente
E balbucia como a rezar,
Dizendo: Meu Deus,que vida cruel!
Me dá um cantinho no teu ceu
P'ra eu puder descansar.
Xavier Filho
09/04/2012
xavier filho
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