O céu talvez púrpuro, chovendo sangue
Enquanto corvos grunhem minha presença
Suas asas negras debruçam em calmo alento
Marasmo em honra ao fim com veemência
Meu martírio arde em meu ser langue
 
E se eu me acordar do sonho
Haverá um vazio garrido na escuridão
Apreciarei a lua com tal volúpia
Que serei capaz de entregá-la meu coração
Para não ver em meu espelho um enfadonho
 
Meu sangue flui como um rio
Em fria constância, plácido e sereno
Soa em brandos ares puro escárnio
Pulsando-me como forte veneno
Como se estivesse desmoronando ao frio

Dennyswell Almeida
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