Do seu sumo extraio o ópio que inebria e encanta!
Alma finada, pálida, a qual revive em êxtase de piruetas
E voa ao limite nirvânico tal qual as borboletas;
Vendo em mádidos fantasmas uma imagem santa...
Aspiro as pétalas com tanta malícia, tanta,
E dir-se-ia que em teus seios vejo as vulgares "tetas".
Teu ósculo se assemelha às noites mais pretas,
E teu caule intoxica até o anjo que o voo levanta!
Papoula... Oh! Tísica feroz do meu suplício!
Morte branca... Física quântica de todos os intervalos!
Titeriteira de minha existência fraca...
Eis que encontrei a torre de marfim em meu vício!
Em sonho, amei princesas e vi tropéis de cavalos,
Mas não resolvi tua equação e pairaste em meu ser como uma estaca!...
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