Feiticeiro... Calafrio o qual m'envolve feito onda,
Em um fulgurante sonambulismo, símbolo de perfeição...
Branco, assim como o palor do cadáver em contemplação
O qual se guia no ermo etéreo como que em boêmia ronda...
Deslumbrante... Epítome de mágica admiração.
Eu vos procuro, caço, em minha inquieta sonda...
Mas, por mais que eu procure, há algo que vos esconda,
E assim, vago na espiral labiríntica da quieta danação...
O amor é como o mitológico e belo Narciso:
Ama primeiramente a si; e ama até à morte...
Ó flor! Sois acaso um lobo em pele de cordeiro?
Cheia de amor próprio, sois o mito do qual preciso...
Amor! Por que vens assim, avassalador, forte
Se visas a ti mesmo como beneficiário derradeiro?...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença