Declaração de amor.

 
Miro a crista das ondas e
As vejo como portas do mar.
 
Se parecem contigo essa ondas, espuma branca,
Movidas pelo marulho da águas.
São importantes senhoras, donas do pensamento.
 
Não vejo no mar coisa que não se assemelhe contigo,
Ou que não me faça pensar em ti.
 
Velejando no ar passa uma garça,
Outra visão que me traz a tua imagem,
Portal da percepção.
 
Temeroso pelo amanhã,
Tremendo pelo agora,
Quiçá fosse o sempre, o tudo, umbral do teu amor.

Velho do Rio
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