Ééé... Quem diria!
Aqui do lado leste da cidade
Onde nasce o sol
É hora de acordar,
De levantar, de lutar, trabalhar...
É preciso andar, buscar, louvar pra se guiar
No acenar da beleza a riqueza
Se não as quedas, as surras, os tropeços...
Pra se ouvir os últimos choros, os gritos,
Os últimos sons da esperança ao chegar
No leve ou no pesar ao passar ou ficar
Como uma passagem de um arco-íris
Em leituras, visões, encantos...
Artes em dotes, em magia, em poesias...
Do choque ao dia seguinte
O ouvir, o sentir ao sonhar...
Um respeitar num olhar ao ver
O desconfigurado do ontem,
Aqui do lado leste
Parecia cheio de desejos, parecia faminto
Observava-se uma sede insaciável,
Parecia curtir a vida
Será feliz ou triste...
Fiel ou traidor
Será que invejava ou chorava...
Parecia capaz de brigar, matar, odiar...
Outrora sonhar, apaziguar, amar...
Ééé... Quem diria!
Que ao se configurar nesse leste
Se tornaria o diamante lapidado de hoje
Num brilho a desfilar
Nem parece, aquele?
Não, não esse não
O mundo em voltas
E o entrar, o sair, o ir e vir
Um abraçar, num enrolar, a sugar...
Como uma serpente, enrolada,
Alinhada a toda força à caça
Sua comida, seu verdadeiro amor.
Ééé... Quem diria!
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