Os funcionários públicos e o povo, em geral, são vítimas dessa máquina emperrada e enferrujada que é o Estado; o sistema dessa máquina está decadente porque produz leis burocráticas contrárias aos interesses da população, gerando então um estado de insatisfação, temor e insegurança nas pessoas, provocando desarmonia, ansiedade e desconfiança generalizada entre os seus habitantes, tornando assim a convivência em sociedade – injusta e desumana – e, em conseqüência, perigosa.
É por isso que foi dito nas crônicas anteriores – “Um mundo melhor” e “O exercício das artes” – que precisamos exercitar as artes em geral para equilibrar-se, mas também para denunciar as injustiças cometidas pelos nossos governantes contra o povo, como está escrito nos poemas – “Direitos Humanos”, “Ordem Econômica” e “O sistema está errado” –, todos de autoria deste escritor e que estão publicados em diversos livros e revista.
Após equilibrar-se, o artista deve contar com a sua inteligência e com o seu senso crítico para, através da sua arte, mostrar ao mundo os erros crassos dessa sociedade desumana e, assim, contribuir para que essa convivência social torne-se, ao menos, um pouco mais justa, suportável e, conseqüentemente, mais agradável.
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