Onde esta a Margarida?
Ela estava em seu castelo,
Nossa... como era belo!
Vou tirando uma pedra,
Duas, três, muitas pedras
E atirá-las no jardim,
(Adeus cheiro de jasmim).
Vou tirar suas pétalas
Até que ela fique nua
Em meio aqueles destroços.
Sozinha, nua na rua
Que será de Margarida?
Será que serve pra adubo?
Terezinha de Jesus,
Sem suportar sua cruz
Esparramou-se no chão...
No chão, cheia de fraturas
Chorando suas agruras
Ficou mais fácil esmagá-la.
Cai cai balão,
Cai, cai, o balão caiu.
Foi tão grande o fogaréu
Iluminou todo céu:
Destruiu a floresta,
O pomar e o jardim,
O parquinho de brinquedos,
Enchendo todos de medo,
Ofuscou a luz da lua.
O riacho que cantando
Corria nas redondezas,
Alem de sua beleza
Transbordava alegria,
Ficou paraplégico,
(Quanta ironia);
Foi parar na UTI
Na mais extrema agonia...
Nem árvores, nem flores, nem ninho,
Nem canto de passarinhos,
Nem flores, nem Margaridas,
Nem o cheiro de jasmim,
Nem a luz do sol, e a lua
Já não sorri para mim...
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