As horas caminham a passos lentos...

Enquanto anjos perdidos

exibem uma dança estranha no céu,

tu pulverizas a minha noite

com o brilho do teu olhar solitário.


Não deixes que eu te esqueça

na distância de algum caminho...

de algum caminho que não seja o teu,

de algum caminho que não tenha volta.


Que saibamos interpretar o silêncio das nossas noites

e deixemos que as nossas mãos cálidas

penetrem na essência de nossas almas...


E assim, quando não restar mais nada a dizer,

que os olhos - ainda que amargurados -

pronunciem o adeus já esperado.

(Adeus!)


 

Walter Pantoja Teixeira
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