O que me impede ser cruz ou cristo ?
Responderei nas perdas eventuais da
desculpa a isenção, mas não admito que
não lutei por nós. Entretanto me apazigúes
dessa guerra de te fazer melhor. Conecta
as sinapses sãs de teus neurônios
ante o rumo desse tresloucado alvar.
A loucura fez-se nossa e o que foi feito apesar
de nós, transmuta nesses vendavais de ti mesma
em assunção reflexa, das culpas que advogas noutros
Que se há de fazer nessa demolida junção de
cabeça e coração cabisbaixos ? Eixo à deriva
em conter o algo cada vez mais incontido
Trapo das mãos sujas do sangue das injúrias
em toadas sem destinação
Ardemos e adernamos em superfície
acima de profundo abismo; destroços e
escolhos de pontas em riste lá em baixo
Não fomos ou . . . fomos isso
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