Obsessivo lanho de corte sem cuidados: dor que não morre só
Mas pra isso me prove o que ousas; se vale o que retalhas
Por muito que me pese, por muito que me doa, extrai o que fere
E de resto, tengencia maus tratos, modulando essa exausta divisão
Se não te importas ! Ficas ou não ficas, percebendo tolo ocaso ?
Num contexto de insurgentes lacerações desavisadas e necrosadas
Que se dispõem em nada, saindo a procura daquelas justificativas
Que resumem-se a matéria dissoluta; coabitação de atitudes malsãs
Nesse crepúsculo sem desatar desejos, apenas revolves medos
Que sucumbem resignados, diante desse olhar que vai baixando
Cúmplice que é em desmandos e algozes intenções da tua fúria
A implementar estocadas em corpo de plena carne exposta; indefesa
Estremeces diante do peso dessa aljava, repleta de mortais setas
Que as lança envenenadas e o veneno de residual impacto respinga em ti
Martirizando te e te destruindo enquanto duras; saberás ir-te assim ?
Oh ! Consumação de quem consome; ventre entreaberto abrindo-se
Texto escrito para homenagear o 5º aniversário da Lei Maria da Penha. Lei essa que visa proteger as mulheres, contra a brutalidade de companheiros covardes e insanos. Foi a gloriosa luta por anos a fio, para instituir uma lei de proteção jurídica a favor da mulher , por essa criatura: corajosa, nordestina e sofredora , ( Maria da Penha ) que após sofrer dois atentados a sua vida, perpetrado por seu marido, ficou paraplégica. Viva a ela !!!!!!!!!!!
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