O sono estava do outro lado do quarto
sempre o temi.
principalmente quando passou
a me separar de você.
 
Eu abafava o silêncio
com as músicas
daquelas bandas
que você sempre detestou. Sem razão.
 
O frio ainda
me fazia afundar
nos cobertores.
Tão bom.
 
Não há como aquietar
a mente.
Ela viaja, voa,
surpreende.
 
Hora de pensar
em tudo o que passou,
em tudo que virá,
em tudo o que não posso controlar.
 
Hora de torcer o nariz,
engolir saliva...
bocejar.
Hora de dormir.

Soraya Costa
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