Namoro a Lua, com olhar ausente,
nesses momentos uma transeunte,
passeando pela vida, despindo-me.
Amores acariciam minha epiderme

Meu mundo nu denuncia as renúncias.
E uma válvula muda busca minúcias,
como louca atenta para meus egos,
fundindo-os! Ficam meus arroubos!

Fico crua e choro, busco em mim,
desbotada: Era vermelho carmim!
Revoo como ave de rapina e tento,
num afago, comedir esse tormento.

Refreio desejos, como se viajassem,
Quem sabe, para o infinito? Ou jazem?
Calada angustio-me a devaneios loucos,
que calados se fartam e se fingem poucos!
 

Sandra Almeida

Sandra Almeida
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