Eu comecei a escrever-te uma canção,

Falando coisas que alguém jamais falou;

Coisas tiradas do fundo do coração,

Entremeadas com declarações de amor...

 

O que escrevi deu um discurso (até bonito),

Pois só usei temas de puro langor;

Mas quando eu ía escrever o "tenho dito",

Neste momento, minha mente me alertou:

 

...Fez-me lembrar que você é muito briguenta,

Que não domina seu instinto repressor;

Lembrou, também, que és muito ciumenta,

E que seu ciúme é um desagregador...

 

Tal como um rio, quando sai fora do leito,

(Ameaçando casas e destruindo plantações);

Assim comparo seu amor e seus efeitos,

Tão possessivo, que requer ponderações...

 

Parei o texto, suspendi as homenagens,

(Fiquei pensando se deveria continuar);

Mas evocando coisas boas em sua imagem,

Lembrei, também, que deveria relevar...

 

Veio-me à mente que és bonita e morena,

Graciosa, meiga, inteligente, educada;

Determinada, esforçada, bela, pequena

E diante disso... seus defeitos não são nada!

 

Desta maneira, terminei minha intenção,

Fiz este tema, que até me eterneceu;

Só uma pessoa desfruta de seu coração

Esta pessoa, com toda certeza... sou eu!!!