A decadência irreal revigora o mal que habita.

A paisagem suicida das almas aflitas

É a falta de amor mergulhada

Num poço de angústia

paixão

poder.

 

O poder cobiçado de forma injusta

É paraíso das almas-cadáveres.

As emoções negativas em relação ao outro

são  todo o inferno coberto de sofrimento eterno.

 

O desejo é mentiroso e perverso.

A linha prazerosa da vontade é única condição

Para se chegar no fundo do poço.

 

Como se vive em um mundo ultrapassado?

O mundo já morreu. Tomara que um dia ele possa reviver.

Agora, um pouco de poesia:

 

A lacuna eterna da partida ainda dói.

A volta já esquecida ainda soa como esperança.

A lembrança constante ainda choca.

O amor ainda existe.

 

A distância ainda machuca

A saudade ainda dói

A tristeza ainda fala

O desejo ainda chama.

 

A falácia das vozes orgulhosas

A covardia das vozes outorgadas

A lamentável expressão da inveja

ainda crava.

 

A ternura das malícias regozijantes acabará

qualquer dia desses.

 

 

Diego de Andrade
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