A decadência irreal revigora o mal que habita.
A paisagem suicida das almas aflitas
É a falta de amor mergulhada
Num poço de angústia
paixão
poder.
O poder cobiçado de forma injusta
É paraíso das almas-cadáveres.
As emoções negativas em relação ao outro
são todo o inferno coberto de sofrimento eterno.
O desejo é mentiroso e perverso.
A linha prazerosa da vontade é única condição
Para se chegar no fundo do poço.
Como se vive em um mundo ultrapassado?
O mundo já morreu. Tomara que um dia ele possa reviver.
Agora, um pouco de poesia:
A lacuna eterna da partida ainda dói.
A volta já esquecida ainda soa como esperança.
A lembrança constante ainda choca.
O amor ainda existe.
A distância ainda machuca
A saudade ainda dói
A tristeza ainda fala
O desejo ainda chama.
A falácia das vozes orgulhosas
A covardia das vozes outorgadas
A lamentável expressão da inveja
ainda crava.
A ternura das malícias regozijantes acabará
qualquer dia desses.
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