Passei de criadora
A simplesmente espectadora
De uma obra que minha alma adora
Mas que até isso a vida me levou embora
 
Me contento com migalhas de versos
Com a esperança do balsamo das poesias,
Que o óleo das estrofes me unja novamente
Abundantemente como era no meu passado
Sempre... o de sempre de antes
 
Já miserável que sou nesta vida
E ainda ser condenada a viver sem elas
Único consolo que o tinha... nos dias a dias
Nesta minha desgraça de um viver,
 
Me possuam novamente arte que me bate
O coração... quando narro obras tuas
Encarnada em meu viver, ou sofrer
Em meu sonhar, no meu amar, pronunciar
 
Me faças chorar desde que me faças poetizar
Me faças viajar nas assas de ilusões
Desde que sejam ......... parada de avião
 
Seja furacão, emoção desde que sejam inspiração
Engulo minhas malditas palavras...
Me enganei... posso viver sem qualquer coisa
Sem amor, sem sonhos, sem uma vida,
Mas não consigo nada sem você minha amiga poesia
 
Ligue-se novamente a mim...
Dê-me novamente uma chance...
Porque minha vida sem poesias nas entre linhas
Não é vida, não é digna de ser lida
Sou escrava tua minha lira de poesia
 
Dê-me uma historia cheia de rimas
Pra que um dia tu tenhas orgulho desta vida
Que te carregou no peito com muito respeito
Pois meu único delírio é nunca ser exilada
Ou proibida de poetizar...
 
E pra sempre fazer isso com respeito
Pra que nem eu nem tu morras
Com o deslizar dos séculos a nossa volta
 
Então volta e seja de uma vez minha eterna cumplice
Minha cura, pura literatura vertida poesia
Nos eternize entre os séculos, não sejas apenas visita
Meu mundo lindo, seja perpetuo e poético.

Allinie de Castro
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