Encontrei poemas profundos
No fundo de minha gavetas,
Tinta velha de caneta...
Letras expressivas
De um alguém
Que tinha o que dizer,
Mas procuro aquela garota
Que tanto dizia...
Que muito e de tudo escrevia...
No espelho apenas
Um olhar vazio
Que não tem nada a dizer
Como posso ter sido ela?
Como ela foi morrer em mim?
Como chegou ao fim?
Sem ninguém ter percebido
Rimas na qual hoje admiro
Como uma obra alheia...
Fugiu de mim aquela poetisa
Sobrou só um vazio
E os antigos poemas
Daquelas que fui um dia
Saudades daquela
Não qualquer poetisa,
Pois hoje uma estranha
Dominou minhas entranhas
Mudando o rumo...
Da minha estrada.
Allinie de Castro
© Todos os direitos reservados
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