Porque querer entender o que a compreensão humana se torna tão inútil face a tantos
mistérios que envolvem o nosso cotidiano? Não seria insensatez com o nosso próprio
homem interior, querer descobrir o que já é designado, o que já se formou e está apenas
cumprindo uma determinação? Afinal, palavras do Ser Supremo: os seus caminhos não
são os meus caminhos...
Fico pensando e com receio de cair na criação da minha mente, tento imaginar o percurso
que a humanidade segue e vejo cada um vivendo o seu eu, demagogo, escondendo-se nas
vestes do seu egoísmo e desafiando a sua incapacidade de vida conjunta. Vou seguindo o
meu destino, em busca do que me foi oferecido, apenas uma esperança de encontrar a felici
dade, tendo em mãos, uma lupa de uma fé cega, enfim, algo abstrato que alicerça a clandes
tinidade da minha própria imaginação. Seguir os caminhos do sentimento humano é como
percorrer os rastros de um raio no firmamento, não se sabe de onde vem e para onde vai e
todos que tentaram encontrar a sua formação, perderam-se pelas estradas da desilusão.
Há sempre uma bifurcação, e o que não se vê pela frente pode ser uma planicie como pode ser um abismo. Tenho comigo certezas e incertezas, e o que faz gerar em minha alma momentos de paz, de amar, de respirar, de sentir e voar sobre todas as formas vazias, são a
leveza do meu ser e do meu espirito que parece me guiar para um horizonte de eterna Paz.
Assim... vou desfrutando de cada minuto, de cada segundo, como se fosse o último da minha vida, mesmo que o balanço das ondas coloquem em dúvidas a tranquilidade do mar, más vou remando certo de alcançar o porto da eternidade.
“Amor”, palavra fútil, que se divide e engana, arma cruel para o mortal, para quem busca na sensibilidade do âmago, um paraiso de realidades, de dar e receber, de ter e possuir, de sofrer e de resistir, de abraçar e ter a reciprocidade do calor de cada conquista, de acreditar sem perceber a traição, de descobrir que só o tempo amadurece o fruto e colhido em tempo errado, o bicho devora e o paladar deterioriza. Portanto, o que entendemos da vida? O que é certo e o que é errado? O que se faz do que já é feito e o que fazer do que não é feito, e do que houve, do que há e o que haverá?...Não perece o homem como a erva e a sua glória aqui termina? Porventura posso desfazer o nada e construir o habitat do meu viver? O que se faz daquilo que pareceu real, más foi somente um sonho, de um passo não dado num passado não muito distante, que parece zombar de todos os seus ideais e como um fantasma atormentador, domina todos os seus propósitos? A vida é como um vapor, gera e acaba...
Quero chorar... chorar e chorar e dizer a você,... sim a você que não existe, que a minha dor é profunda, que a solidão é a minha companheira de fato e nem a música me consola, e muito menos faz reviver a minha condição de um forte, de um guerreiro que numa arena de gladiadores, tem uma multidão ecoando em côro a sua vitória. Finalmente, sei, que nos torneios do ódio e do amor, ainda tenho a arma do perdão, só me resta a força para erguer este troféu que poucos vencedores carregam, o que voce acha? Sou um perdedor ou um vencedor? O que será?...Aquele que é gerado do espirito, é como o vento, não se sabe de onde veio e nem para onde vai, más o que importa? Ser ou não ser, como uma estrela vou reluzindo pelas asas do meu destino em busca do grande SER...
Assim... o coração do homem, é uma terra inabitada, é um manancial de águas profundas , é um instinto da alma participando do jogo da vida, é um incógnita para quem busca a felicidade, é um mistério para os escafandristas que acreditam em tesouros perdidos...
Gizeldo Batista de Almeida.
Momentos de reflexão...São Paulo, capital.
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