Saudades tenho de um amor agora no passado,
Hoje recordo, quebrando o silêncio da emoção,
Trago à baila, este meu romance já fracassado,
Que um dia foi intento dos amigos da ingratidão.
Por invídia deram-me o veredicto de entediado,
Conduzindo-me ao mais rúptil ente da multidão;
Sou apenas o homem que por ela não foi amado,
Não choro, ainda é dela o meu vidrento coração!
Magarefes esviscerados desse amor conquistado,
Dela me eliciaram sob a repulsa da minha efusão,
Ignotos do meu sentimento que a ela havia dado,
Maquinaram meu crepúsculo em vil orquestração.
Hoje, em soledade vejo seu rosto tão amargurado,
Pelo remorso lorpa de haver perdido nossa união.
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