O original do sorriso
Quando dito com o sombrear impreciso
Camuflado, perdido, quase infinito
Infinita dúvida sem sentido
De um segundo vendido, são mil milésimos
Sorriso de brilho branco invertido
É a vida das flores nas estradas
De temáticas diversas, secretas paisagens
De palavras coloridas à luz do solstício
Imagens refratadas em ciclos
De sobrevida pelo vínculo que trás à margem
Dos lábios um sorriso original incontido
Quase despercebido, se não desmerecido
Se seu radiar propaga-se sem ser visto
Como as flores na estrada esquecidas,
Amassadas e pisoteadas pelos carros enfurecidos
Pela gasolina do homem, a adrenalina
E a cegueira humana para o que é vivo
E quer levar ao mundo algum sentido
Como poesias em anúncios televisivos
Ou música erudita em dia de domingo
Enfim, tudo que desperte um original sorriso
Em quem não espera um gesto facial esquecido
Fazer do mundo um lugar mais bonito
Colher as flores na estrada de improviso
E levar para casa esse de repente motivo
De fazer da vida um alguém mais sensitivo...