Lisboa, Miradouros e Fado
Em Santa Luzia
Descanso a vista
Nas águas do Tejo,
Nas ruas da Mouraria
Ouço cantar o Fadista
Que tanto invejo.
Nas ruas da Mouraria
Ouço cantar o Fadista
Que tanto invejo.
Subir um pouco mais
Assim muito devagar
Qual um caracol
E pressentir os sinais
De um fadista a cantar
Nas portas do sol
E pressentir os sinais
De um fadista a cantar
Nas portas do sol
O fado desta gente
Que passa e repassa
Se fez linda canção
Desta cidade diferente
Que admiro na Graça
E guardo no coração.
Desta cidade diferente
Que admiro na Graça
E guardo no coração.
A noite vai chegando
E tapando a claridade,
Mas ninguém foge
E fica observando
Esta nossa bela cidade
No miradouro de S. Jorge.
E fica observando
Esta nossa bela cidade
No miradouro de S. Jorge
O terminar do dia
A caminho da noite,
Ganha outra tonalidade,
Descansa-se da correria
Na Senhora do Monte
E saboreia-se a cidade
Descansa-se da correria
Na Senhora do Monte
E saboreia-se a cidade
Abraço-te com carinho
Como se tu foras
A minha linda menina,
Canto-te um fado baixinho
Já fora de horas,
Em Santa Catarina.
Canto-te um fado baixinho
Já fora de horas,
Em Santa Catarina.
O Fado e uma guitarrada
É digno de se ouvir,
É voz de esperança.
Muito bem acompanhada,
E depois descobrir
Lisboa na Penha de França.
O fado e uma guitarrada
E depois descobrir
Lisboa na Penha de França.
Muitas noites assim,
A ouvir o Fado,
Sempre eu tomara,
Nem dar pelo fim
E continuar sentado
Em S. Pedro de Alcantara.
Nem dar pelo fim
E continuar sentado
Em S. Pedro de Alcantara.
Apanhar o dia a nascer
Sobre o Martim Moniz
É como um pingo de mel,
É sentir-me a renascer
E sentir-me feliz
Ao rever o Tejo desde o Torel.
É sentir-me a renascer
E sentir-me feliz
Ao rever o Tejo desde o Torel.
Francis Raposo Ferreira
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