Antes que o lamento venha a ter vida
E as dores da vida um encargo
O sol que brilha e nunca se definha
Ilumina o refugo de um grande enfado
O rio impiedoso de águas cinzentas
Reflete a face da bela tempestade
Que retumba com sua voz turbulenta
A dança das feras, a mera humanidade
Ferocidade não falta nas lâminas guiadas
Que alcançam a mortalidade dos ferozes
Que decidem o destino da vida criada
Que morrem sozinhos, mortes menores
De longe se vê o amor andar sozinho
Armadura errante sem um cavaleiro
Espada cortante de valor diamantino
Um escudo forjado no fogo verdadeiro
Mas a esperança avista todos os mortos
No vale escuro coberto de sangue
Remodela a vida no corpo inóspito
E permanece viva àquele que a ame
O instinto é a sabedoria primitizada
O amor o caminho para a sabedoria
Belas palavras e frases montadas
Não expressam o infinito que possui a vida
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