As minhas letras dão corpo aquilo que em mim ecoa, aquilo que simplesmente se repete, sem pretenção alguma
As minhas palavras procuram sentido ao existir, se é que algum dia existir terá sentido
Afinal, qual o sentido de existir quando se vive em um mundo onde é muito melhor sonhar. por que viver uma vida que já foi vivida?
E como fugir da repetição, se tudo que acredito ser original, me foi originalmente proposto por meus pais?
Me recuso a viver sonhos que já foram sonhados, a ouvir versos que já foram recitados ou chorar lágrimas que já foram previstas.
Quero trilhar meus próprios caminhos, e me deparar com meus próprios pesadelos. E quem sabe nestes caminhos eu possa encontrar com aquilo que ecoa dentro de mim
Quem sabe se eu encontrar algum sentido para viver aquilo que já foi vivido, meu vazio seja preenchido e nada mais possa ecoar, nada possa se repetir sem pretenção, sem a minha permição
Eu me recuso a andar sobre pegadas a muito deixadas na areia. Eu me recuso a acreditar em sereias. Eu me recuso a fechar os olhos e fingir que posso ser somente eu, quando vivo às expectativas daqueles que me rodeiam.
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