No Exaurir de um Domingo

No Exaurir de um Domingo

 


 
Chovem lágrimas do domingo cansado,
Apagam-se as luzes.
O escuro toma conta como protesto
Silencia-se o mundo mecânico. Vozes familiares.
 
Pensar numa forma de apaziguar as ansiedades.
Ecos da memória, cérebro inquieto, galope cardíaco.
A noite chega sorrateiramente envolvendo o presente,
Fantasmas de si, lembranças vivas, sentidos atentos.
 
Ruídos musicais expandem em cores noturnas.
Notas de silêncios, sílabas de velhas falas.
Perguntas e respostas sem sentido assolam.
Para cada certeza, muitas dúvidas, verdades fingidas.
 
Ilusões da noite, do tempo, do domingo moribundo.
Pessoas distantes interagem versos melódicos, epitáfio do dia.
Fragmentos de presente serão futuro passado, hoje será ontem.
Versos soltos, profecias da divagação do sagrado ócio.
 


 

Dueto com Soraia Santiago feito via Facebook em 05/12/2010.