No Exaurir de um Domingo

No Exaurir de um Domingo

 
No Exaurir de um Domingo
 
Chovem lágrimas do domingo cansado,
Apagam-se as luzes.
O escuro toma conta como protesto
Silencia-se o mundo mecânico. Vozes familiares.
 
Pensar numa forma de apaziguar as ansiedades.
Ecos da memória, cérebro inquieto, galope cardíaco.
A noite chega sorrateiramente envolvendo o presente,
Fantasmas de si, lembranças vivas, sentidos atentos.
 
Ruídos musicais expandem em cores noturnas.
Notas de silêncios, sílabas de velhas falas.
Perguntas e respostas sem sentido assolam.
Para cada certeza, muitas dúvidas, verdades fingidas.
 
Ilusões da noite, do tempo, do domingo moribundo.
Pessoas distantes interagem versos melódicos, epitáfio do dia.
Fragmentos de presente serão futuro passado, hoje será ontem.
Versos soltos, profecias da divagação do sagrado ócio.
 

 

Mais um dueto..Entre o grande poeta Gilberto....
.É sempre um privilégio dividir palavras com ele.

No face...