Resquícios de algo bom
que se tornou ruim.
Confronto da memória
revivendo o passado,
com a consciência
que denunciava
a insatisfação presente.
Agonizava algo
que era motivo
primordial de seu afeto.
Nascia um outro algo
que ,pelo contrário, o feria.
Não queria efetuar troca
tão desvantajosa.
A presença desejada
já fora embora,
mas continuava viva,
como se estivesse à sua frente.
Temia os movimentos,
como se assim
evitasse o andar do tempo.
Queria guardar,
mas já tinha ido embora.
Queria fazer possível ,
o improvável.
Culpava-se,
transformando-se
em vítima de si mesmo.
E descontrolado
tentava unir os cacos
do que era antes
uma bela escultura de cristal.
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Gilberto Brandão Marcon
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