Os carros passam,
o pó sobe,
as pessoas falam,
gargalhadas altas são ouvidas.

Broncas ou gritos,
buzinas e xingamentos,
dores e irritações,
o dia se foi.

Sorrisos vão,
sorrisos vem,
sempre são automáticos,
sempre são frios.

Neste mundo parado,
onde fica o que sinto?
Quem se importa comigo?
Alguém pensa nesse inferno dentro de mim?

Esse inferno maldito...
Eu...
O que sou eu agora?
Gostariam de saber o que sou?
Eu também...

Jonathan Cunha
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