Os olhos se ergueram mais uma vez
O horizonte era vasto, imperfeito
Mal se distinguiam os morros, a planície
A luz do dia ainda tardava a chegar
A caminhada melancólica chegava ao fim
Havia o velho poço ao lado da casa abandonada
E um celeiro destruído pelo tempo
Poucos sabiam daquele repouso
Mas não entrei na casa, nem no celeiro
Fiquei embaixo da árvore, no alto do morro
Dali tudo poderia ver
Sem me arriscar
Tão cedo chegariam aqueles que aguardava
E tudo logo se acabaria, sem maiores problemas
E a sugestão de repouso seria sua ruína
E eu sumiria, para sempre
Miriam Azevedo Hernandez Perez
© Todos os direitos reservados
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